Compressor com velocidade fixa ou variável: qual a melhor opção para o seu negócio?
Não há muito tempo, escolher entre um compressor de pistão ou um compressor de parafuso rotativo era uma decisão bastante ponderada para os donos de pequenos e médios negócios. Ultimamente, verificou-se uma mudança significativa no comportamento do consumidor, com a grande maioria a optar por adotar os mais modernos compressores de parafuso rotativo. Essa transição evidenciou-se pela atenção especial dada à mais recente tecnologia: controlo de frequência – ou, variação de velocidade.
Em que consiste um compressor de velocidade variável?
Um compressor de velocidade variável é um dispositivo que consegue ajustar a sua velocidade mediante o fluxo de procura por ar comprimido. Isto garante uma eficiência energética bastante superior, uma vez que consegue adaptar-se às exigências específicas de cenários totalmente diferentes. Para além das vantagens energéticas, outros benefícios de um compressor de velocidade variável são:
– Pressão de carga estável: mantém uma pressão constante, invariavelmente das flutuações na procura por ar.
– Arranque suave do motor: permite um arranque gradual do motor, minimizando os picos de energia que podem sobreaquecer os rolamentos. Isto prolonga a vida do motor e, consequentemente, a durabilidade e eficiência do compressor.
Quais são os “contras” de um compressor com velocidade variável?
Primeiro que tudo, estamos a falar de um compressor com um complexo sistema eletrónico de controlo instalado, portanto essa complexidade irá refletir-se no preço. Apesar das ocorrências de reparação destes tipos de compressores aconteceram mais raramente, quando existem, o custo – e aqui também se deve à complexidade de construção dos mesmos – é mais elevado quando comparado com um compressor de velocidade fixa.
Ao contrário dos compressores de pistão – que operam mesmo em condições inadequadas e requerem pouquíssima manutenção -, os compressores de parafuso rotativo, apesar de mais robustos, requerem uma manutenção mais periódica. Já que são equipamentos com muita eletrónica incorporada, evite a instalação em ambientes húmidos, quentes ou com bastante pó. Os locais recomendados são interiores – como armazéns – com um bom sistema de circulação de ar e limpos.
Outro detalhe a ter em atenção é a capacidade energética no local onde pretende instalar o compressor. Se a energia elétrica for instável ou se houver interrupções frequentes, um compressor com variação de velocidade poderá ter a sua durabilidade comprometida.
Em qual investir?
Se o necessário é um fornecimento de ar comprimido estável, sempre a um mesmo nível de procura, então um compressor de velocidade variável não é a solução operacional nem financeira. Caso seja para ter o compressor a trabalhar com frequência, no máximo, ou perto, da sua capacidade total, então o benefício energético é praticamente nulo ou mesmo inexistente. Nestas situações, a solução mais indicada passará por um compressor de velocidade fixa. Outro aspeto a ter em consideração é que a maioria dos compressores de velocidade variável não podem operar abaixo de 20-25% da sua capacidade. Assim, o motor trabalharia a uma velocidade demasiado baixa para o próprio arrefecimento.
No entanto, se na sua empresa ou centro logístico tiver custos energéticos elevados, se é necessário o compressor trabalhar muitas horas por dia e a procura por ar comprimido variar amplamente, então um compressor com velocidade variável é a solução. Contudo, é sempre importante que avalie os verdadeiros níveis de procura por ar comprimido para evitar investir em equipamentos que, na realidade, não necessita.